Tenho
Um pé de bicho que agarra o chão
Duas pernas que me fazem vagabundo
Uma mão que acaricia, que não falta amor
Uma outra que aponta para os céus
Dois braços, que vazios, são pura dor
Um olho que testemunha maravilhas
Outro que renega o firmamento
Ambos, cuidam bem de suas filhas
Se vou, é por que não posso ficar
Se fico, renego meu prazer
O que ofereço ninguém pode levar
O que tomo, faço tudo tremer
E o firmamento, infinito, não me basta
É pequeno...
Rafael França, Rio de Janeiro, 19 de Dezembro de 2012
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