sábado, 31 de agosto de 2013

Laranja-moça (Paulo Cerezo)

Laranja-moça (Paulo Cerezo)

Fruto de Laranjeiras, familiária,
De belas pernas, juvenis,
Que balanço de quadris!,
Teu Vinicius é este pária.

Provocaste-me uma cegueira,

Pela distração momentânea,
E uma lesão subcutânea,
Não vi o tronco de mangueira;

Dei os cornos, com vontade,

- sempre, sempre dói a paixão -,
E, assim, entendi como um não
(Da natureza, protetora de flor).

De fato, teus dezoito de idade,

Meus quase trinta de saudade,
Seriam como um bofetão
(E tenho olhos de lenhador).

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