sexta-feira, 21 de março de 2014

Soneto de Ausência

Já são incontroláveis as palpitações
Minha condição cardíaca me condena
A um triste fim a cada ausência sua
A cada ausência sou um ser digno de pena

Me afogo, diariamente, atrás da Sirena
Que, à noite, me canta aos ouvidos
E nesse momento, a Morte serena,
Ri de mim, me nega os pedidos

Se não vai me levar, que abra meu peito,
A falta de minha morena, queima meu leito,
Pesa em minhas costas e me desfia o fado

Assim, vivo ou morto, sem o coração
Seguem os dias sem dor, sem provação
E mesmo assim, ainda me falta o ser amado

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