quarta-feira, 5 de março de 2014

Soneto de Quarta-feira de Cinzas

Dormir nunca foi tão difícil
Desde que a quarta-feira de cinzas chegou
Que não durmo sequer um minuto
O surdo batimento de meu peito minguou

Me traz a quarta-feira de cinzas um tanto
De tristeza, por tantas realizações
Por ter pulado o Carnaval como Louco,
Arlequim maroto conquistador de corações

E aí, chega essa quarta-feira tão ingrata,
Que sem a festa da carne não existiria
E que todos meus puros sonhos acaba

Já sem Colombina, fugidia, efêmera, sem igual
A quarta-feira de cinzas me transforma

De Arlequim em Pierrot, palhaço triste do Carnaval

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