domingo, 7 de outubro de 2012

Adeus Rio


Adeus Rio

Adeus Rio, já não me mereces mais
Não mereces meu amor incondicional
Abstraiu-me a tranquilidade, a paz
Com seu belo Sol, estrela irracional

A Deus Rio, deves – e muito – agradecer
Sem Sua paixão por essa cidade
Estaria às traças, se vendo esmorecer
Por conta de pequenas vaidades

Adeus Rio, esses tantos com quem divido as ruas
Já não moram em meu coração, não me são semelhantes
Pois esses só a querem por luxo, sempre nua
Tiram-lhe o que de bom tem pra dar, como as amantes

A Deus, Rio, deves parar de zombar
Sua misericórdia, como no livro, tem limites
Não há de que, depois, se lamentar
Quando for devorado por seu próprio apetite

Adeus Rio, não é por Ti, ou suas belezas,
Delas jamais me cansarei, jamais me esquecerei,
É por seu povo, que esbanjará tristezas
Por eles já mais nada, nem um sorriso, aguentarei

A Deus Rio, tente não, novamente, suplicar
Seu povo fez a escolha, e pelo resultado
Uma escolha consciente, para não reclamar
Mesmo que doa, como no negro passado

A Deus Rio, para Seu lado hoje prefiro ir
Adeus Rio, não chore, ao me ver partir.

3 comentários:

  1. Graças a Deus Rio, ainda teremos motivo para sorrir, pois se dependêssemos dos políticos faz tempo que teria partido daqui...

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  2. Até parece ... Resolveste blasfemar ?

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    Respostas
    1. to de boa... é só uma revolta com o povo burro (que eh burro porque quer) na eleição do paes...

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