segunda-feira, 8 de outubro de 2012

PROSA (Thiago Zefiro)

PROSA

Hoje em dia,
ninguém mais quer saber de poesia.
Nem a mãe, nem a vó e nem a tia
Nem a namorada, em noite fria
Quando a lua se enche em primazia.

Ora, não mais se faz a serenata
Sentimento caindo qual cascata
Não mais o romance que arde, mata
Mas que fere, ignora e destrata
amando qual fosse primata

Não mais a aurora brilhante,
Crescendo como semente
Os olhos rasos de água. Pura, limpa.
O amor.
Dos casais impossíveis,
Proibidos, pervertidos, amaldiçoados.
Mas que tinham finais felizes.
Numa noite de verão,
perdeu-se nas linhas profanas de uma prosa qualquer.

Thiago Zefiro

2 comentários:

  1. maneiro isso... eu curto o desalinho da ultima estrofe...

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  2. Sei que não precisa, mas acho interessante "explicar" as nossas criações. Na verdade quis representar uma linha profana de uma prosa. Ah, acho que vc deve ter entendido ... rsrsrsrsrs

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