terça-feira, 9 de outubro de 2012


Soneto do desprezo mútuo (Paulinho Cerezo)


Se há mais desprezada criatura,
Nenhuma, talvez, alada.
E os que por ti têm nada,
Carregam, ao menos, conjecturas:

Por conta de andares em bando,
Também de teu inegável abuso,
Do respeito, que caiu em desuso,
E da cloaca sempre apontando.

És temido em toda praça,
E se ouvem teu arrulho,
Já imaginam-se em desgraça;

Sopra o ar n´um mergulho,
Infla o peito de orgulho,
E caga no homem que passa.

7 comentários:

  1. Paulinho, o maior pescador do mundo ... Esse cara é meu amigo !

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  2. Legal ver o estilo de cada um de nós, com exceção do Alcidez. Não tem estilo ou poesia. Precisamos incluir a assinatura e participação do Marão, agora Rapha Micelli.

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    1. Tenho, além da escrita, outras atividades artísticas que não cabem em um blog. Meu estilo é de criar meios para que aconteça.

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  3. Hahahahahaha, sacanagem com o Alcidez! Valeu, França.

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