quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Qualquer Lugar

Mesa cheia e colorida
Amarelo ouro – nos copos
Alvi-negros a chorar
Rubros-negros a xingar
Tricolores à pagar
Cruz-maltinos a gritar
Mesa cheia e barulhenta
Copos cheios – copos americanos
Gravatas-borboletas
Foxtrotes para se equilibrar
O pegador a se gabar
O tímido a se avermelhar
O casado a se justificar
Mesa cheia e florida
A loira a se maquiar
Morena a fascinar
A gostosa a se entregar
A mulata a sambar, encantar,
Fazendo os desavisados penar...
Com mãos nas ‘cadeiras’
Rosas a se espalhar
Mesas cheias a se misturar
Gravata-borboleta a faturar
Copos a tilintar
E a entornar – sempre tem alguém
Para entorna-los
Todos a beijar
Até o tímido... a se realizar
Samba até o sol raiar
Corações a voar
O dono a bradar
Contas a pagar
Uns a pendurar - todos na verdade,
Portas a baixar
Taxis a ignorar
Ir pra casa à andar
Ou com o jaleco da escola...

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